Após as quatro últimas sessões consecutivas em que os preços da soja acumularam uma alta de quase 5% na Bolsa de Chicago, os preços voltaram a ceder de forma expressiva nesta quarta-feira (21) e terminaram o dia com baixas de mais de 13 pontos entre os principais vencimentos. Com isso, o vencimento novembro/16, ainda o mais negociado, fechou o dia com US$ 9,75 por bushel, após encostar em uma mínima de US$ 9,71. Já o maio/17, referência para a safra brasileira, que registrou a máxima em US$ 10,01, viu o movimento de realização de lucros se intensificar e levar a posição ao fechamento com US$ 9,90. Os futuros do farelo e do óleo de soja que também vinham registrando um movimento importante de altas também recuaram nesta quarta e terminaram a sessão perdendo mais de 1% entre suas principais posições. “Os mercados agrícolas tiveram muitas informações para digerir nesta quarta-feira, o que inclui novas vendas para exportação dos Estados Unidos e o Federal Reserve (o banco central norte-americano) mantendo a taxa de juros dos EUA inalterada”, afirmou o analista internacional Bob Burgdorfer, do portal Farm Futures. E de fato, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) trouxe novas vendas de soja em grão com um volume total de 364 mil toneladas, divididas entre a China, Taiwan e destinos não revelados. Nesta terça, os chineses, ainda segundo informações do departamento americano, já haviam adquirido outras 110 mil toneladas da oleaginosa. A força da demanda, portanto, permanece presente e ganhando espaço. A correção do mercado, porém, foi inevitável e os dados insuficientes para revertâ-la, mas somente para limitá-la. O mercado, no entanto, espera agora pelo novo reporte semanal de vendas para exportação que o USDA traz, tradicionalmente, às quintas-feiras. “E o ritmo de exportação é forte”, afirma o consultor de mercado Carlos Cogo. Outro fator que ajudou a segurar não só a soja, mas também outras commodities, foi o avanço expressivo do petróleo nesta quarta-feira. Em Nova York, seus futuros fecharam o dia com alta de mais de 3% e voltaram à casa dos US$ 45,00 por barril. O clima nos Estados Unidos também segue aparecendo entre os fundamentos que direcionam os futuros da soja na CBOT e, ainda como...
Read MorePARIS (Reuters) – As exportações de trigo da França para fora da União Europeia podem cair em 60 por cento nesta safra, uma vez que o país enfrenta sua pior produtividade em 30 anos e qualidade irregular de grãos após tempo ruim atingir as lavouras, disse a consultoria Agritel. A queda acentuada nas exportações pode permitir que a Alemanha supere a França como o principal exportador de trigo da UE em 2016/17, enquanto outros exportadores, da Rússia aos Estados Unidos, que estão vendo safras grandes também devem se beneficiar da oferta limitada da França, disse a Agritel nesta terça-feira. A expectativa é que as exportações de trigo francês para fora da UE caiam para 5,1 milhões de toneladas em 2016/17, ante 12,8 milhões na safra passada. Isso ficaria abaixo das exportações alemãs, projetadas em 6,65 milhões de toneladas apesar dos riscos de chuva na Alemanha, disse a consultoria. “A França provavelmente vai perder seu lugar de maior exportador de trigo da UE nesta safra”, disse Michel Portier, chefe da Agritel, a repórteres. As perspectivas de exportações de trigo da França estariam limitadas tanto por uma queda dramática na produção da lavoura, estimada pela Agritel para cair 30 por cento ante o recorde do ano passado, para 28,68 milhões de toneladas, quanto pelos baixos pesos específicos, uma medida comum de qualidade dos grãos. Analistas diminuíram ao longo do último mês sua previsão para a safra do trigo, uma vez que a colheita mostrou efeitos severos de chuva pesada, sol limitado e doenças durante a primavera. Por Gus Trompiz Fonte:...
Read MoreA seca das últimas duas temporadas que derrubou a produtividade das lavouras de Minas Gerais não deu as caras na safra 2015/16. Com o clima moderado e boa dose de umidade, os produtores do estado estão atingindo produtividade de até 70 sacas por hectare, verificou a Expedição Safra Gazeta do Povo. A equipe do projeto, que já passou por São Paulo e Goiás, está no Triângulo Mineiro, um das regiões mais férteis de Minas. “Nenhuma área ficou mais de 15 dias de chuva. O produtor investiu em nutrição sabendo que a lavoura tinha potencial. A colheita está ótima”, comemora Cariton Lopes Pimenta, produtor e proprietário da revenda Minas Goiás Agronegócio localizada em Centralina. A empresa atua nos municípios de Centralina, Capinópolis, Panamá, Cachoeira Dourada, Ipiaçu, Ituiutaba, Monte Alegre e Bom Jesus, todos na região do Triângulo Mineiro. Pimenta relembra, que na temporada passada, a falta de umidade complicou a vida dos produtores. Muitas lavouras de soja chegaram a ficar 35 dias sem o registro de chuva por conta de um veranico. “Pelo desenvolvimento das plantas é possível prever a manutenção da média de produtividade até o momento. O potencial é muito promissor”, aponta. Na propriedade de Jaques de Souza Reis, em Capinópolis, os primeiros 500 hectares colhidos atingiram média de 62 sacas. “O desenvolvimentos das plantas está bom. A produtividade pode até elevar daqui para frente”, diz, satisfeito. O bom desempenho das lavouras ajuda a esquecer as últimas duas temporadas. Na safra 2014/15, a média de produtividade da propriedade de 2 mil hectares de Reis foi de 35 sacas por hectare. “Tivemos área com 25 sacas por hectare. Pior safra que já vi” , aponta. “Mas esse ano está bem diferente. O enchimento do grão foi bom”, complementa. A Expedição Safra segue viagem por Minas Gerias por mais alguns dias. Na próxima semana, uma equipe do projeto sai para percorrer as lavouras do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Autor: Carlos Guimarães Filho Fonte: Agrolink...
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